sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Para os alunos do 1° ano A,B,C (manhã) e 1° ano F noturno-prof. Eliane, História

ATENAS E ESPARTA ATENAS A vida civil de Atenas foi muito diferente do viver militar dos espartanos. Atenas era uma cidade jônica, situada na pequena península da Ática. Desde os tempos dos antigos, seus habitantes se entregavam a navegação marítima e, em contato com outros povos de civilizações adiantadas aprenderam e desenvolveram os elementos de uma vida espiritual e materialmente superior. A população de Atenas dividia-se em três classes: cidadãos, metecos e escravos. A cidadania era um privilégio que se adquiria pelo nascimento. Somente filhos de pai e mãe atenienses se reservava o direito de serem cidadãos. Os estrangeiros e seus descendentes, domiciliados em Atenas, formavam a classe dos metecos, excluídos, como os escravos, da vida política. Diz-se em resumo, que em Atenas, todos cidadãos tinham direitos políticos, mas nem todos habitantes eram cidadãos. A organização política de Atenas Tal como nas demais cidades da Hélade, havia em Atenas a classe dos aristocratas, os eupátridas (bem nascidos), como ali eram chamados. Estes, apos a morte de Codro, elegeram um magistrado vitalício, com o título de Arconde, responsável pelo governo, mas despojado das prerrogativas reais. Mas tarde, tornaram aquele cargo temporário, limitando-o a dez anos de mandato. Por fim, o Arcontado foi anual e passou a ser exercido por nove arcondes, um dos quais chamado arconde-rei, encarregado das funções religiosas. Ao lado do Arcontado, com poderes administrativos militares e religiosos, funcionava o Aerópago, assembléia ou conselho formado pelos ex-arcondes, com poderes judiciários e também políticos. O governo dos nobres era opressor e indiferente à sorte do povo. Com o tempo, formou-se uma nova classe social: a dos comerciantes e de industrias que desejavam participar dos atos de governo. Uniram-se, por isso, aos demais e deram começo a uma série de lutas, visando a melhores condições de vida de toda a população. No século VII a.C., surgiram as primeiras leis escritas, atribuídas a Drácon e que se tornaram famosas pela severidade e rigor. era um passo à frente na conquista dos direitos humanos, embora a maior parte das coisas se mantivessem praticamente no mesmo estado anterior. O governo de Atenas coube, depois de algumas lutas, a Clístenes, homem de origem aristocrática, mas de tendências populares. Nomeado arconde realizou reformas políticas de grande importância, aboliu a divisão de classes e permitiu que todos os domiciliados em Atenas fossem considerados cidadãos. Depois dividiu politicamente o território dez tribos com direitos iguais e deu à Eclésia maior qualidade de poderes. Para evitar influências de indivíduos que pudessem atentar contra a liberdade instituiu o ostracionismo, votação realizada pela Eclésia, que tinha por fim exilar, pelo prazo de dez anos, os que visem a incidir naquela suspeição. A partir de 503 a.C., data em que tivessem aplicação as reformas de Clístenes, o Estado ateniense passou a ser uma democracia, embora estivesse longe se assemelhar-se as democracias de nosso tempo (havia ainda muita desigualdade, mais do que a existente hoje). Esparta No sudoeste do Peloponeso estende-se um vale por onde rola suas águas o antigo rio Eurotas. A região, que é quase toda cercada de montanhas chamou-se noutros tempos, de Lacônia. Inicialmente foi habitada pelos pelasgos, depois foi invadida pelos aqueus e, por fim, conquistada pelos dórios. Esses últimos fixaram o centro de sua atividade na cidade de Esparta. A hostilidade dos aqueus, vencidos mas não conformados, a influência do solo áspero, do clima e da própria situação geográfica, tornaram os espartanos, no decorrer dos séculos um povo guerreiro. Tres motivos principais levaram os espartanos a guerras de conquista: 1- A preocupação de abater qualquer outro Estado que, por seu poderio, constituísse ameaça ao país; 2- A necessidade de outras terras para a população crescente; 3- O desejo de aumentar o poderio militar que lhes era próprio, absorvendo novas tropas auxiliares ou aliadas A organização social espartana A organização política e social de Esparta é atribuída a Licurgo, personagem lendária, que teria vivido no século IX a.C. A população se compunha de três classes sociais: esparciatas, periecos e ilotas. Os esparciatas também chamados espartanos eram descendentes dos antigos dórios e formavam a classe dos iguais, espécie de aristrocacia dominante. Os periecos integravam a classe formada pelos antigos aqueus que não foram despojados de suas pequenas propriedades; não tinham direitos políticos, mas gozavam de completa liberdade social e econômica. Os ilotas eram também aqueus, pertencentes, porém, aquela grande maioria que fora privada de seus haveres e reduzida a condições de trabalho humilde. Esparta era governada por dois reis ao mesmo tempo. Era época de guerra, somente um deles marchava para o combate. O poder dos monarcas sofria, porém, limitações impostas pelos seguintes outros órgãos de governo: I - A Gerúsia, câmara formada de cidadãos maiores de 60 anos, que redigia as leis a serem por todos obedecidas; II - A Ápela, assembléia em que tomavam parte os maiores de 30 anos, com poderes para aceitar ou rejeitar as propostas da Gerúsia; III - Os Éforos, conselheiros ou magistrados, em números de cinco, eleitos por um ano e com atribuições de convocarem as duas câmaras, de darem ordem a militares, de administrar justiça e de vigiar a vida particular dos adultos. A educação espartana A educação dos espartanos visava a fazer de cada indivíduo um soldado. O recém-nascido que apresentasse defeito para a vida militar era morto por ordem do Estado. Quando os meninos alcançavam os setes anos de idade, tornavam-se recrutas e passavam a fazer parte de uma pequena tropa que, sob as ordens de um monitor, praticavam diariamente exercícios atléticos e ginástica. Aos vinte anos, o jovem ingressava no exército, aos trinta, podia casar-se e participar da Ápela. A vida militar só findava quando o homem espartano chegava aos 60 anos de idade. Todos, mesmo os monarcas, antes dessa idade, eram obrigados a tomar parte nos exércitos militares, que, periodicamente, se levavam a efeito em tempos de paz. A cultura intelectual foi quase nula em Esparta limitando-se ao ensino de poesias sagradas, a cantos de guerra e a uma eloqüência particular que devia expressar muitas coisas em poucas palavras. Chama-se lacônica a linguagem breve, concisa, sentenciosas, igual a que e falava na Lacônia. As conquistas espartanas Esparta manteve um exército adestrado de 30 mil homens de infantaria e 500 de cavalaria. Proporcionalmente ao total da população , o número de soldados era excessivo, podendo se dizer que a lacônia era um quartel general e o povo espartano um exército. Vivendo exclusivamente para as glórias da guerra, foram os espartanos no dizer do historiador Xenofonte: "artistas da arte militar". Com esse exército, Esparta dominou várias cidades do Peloponeso e com aquelas que não pode subjugar formou a famosa aliança que teve o nome de Liga do Peloponeso. No ano de 490 a.C., o poderio de Esparta era superior ao de todas a s cidades da Grécia. Esta fase teve o nome de Hegemonia espartana.

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