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sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Para 3° ano noturno na disciplina de História- prof. Eliane
Governo de Stalin
O Plano Quinqüenal de Stalin
Stalin trouxe grandes mudanças para a economia soviética. No lugar da Nova Política Econômica, deu início a um programa de industrialização totalmente controlado pelo estado.Stalin impôs uma série de planos quinquenais para a industrialização russa. Esses planos estabeleceram quotas para a produção de aço, carvão, petróleo, energia hidroelétrica e bens de consumo. Toda atividade econômica, inclusive a agricultura, estava agora sob o controle do estado.O primeiro e mais drástico Plano Quinquenal teve início em 1928. O Plano tinha como objetivo aumentar a produção industrial russa em torno de 250% até 1933. Para alcançar essa meta, a indústria teve que diminuir a produção de bens de consumo. Isto significou uma queda na produção de bens e serviços para os consumidores. Como consequência, o padrão de vida russo caiu bruscamente.A tentativa de Stalin de realizar mudanças tão drásticas e de forma tão rápida criou sérios problemas. Como o governo dava importância apenas à quantidade produzida, a qualidade dos produtos era negligenciada. As condições de trabalho eram terríveis, e os trabalhadores recebiam baixíssimos salários, eram mal alimentados e viviam em casas superlotadas. Além disso, o governo tinha o poder de forçar os trabalhadores a aceitar qualquer emprego, em qualquer lugar do país.
Os problemas causados pela industrialização foram enormes, mas as consequências dos programas de Stalin no campo foram ainda mais graves. As exigências de Stalin por maior rendimento agrícola tornou-se uma guerra contra seu próprio povo, na qual milhões de pessoas foram mortas.O aumento da produção de alimentos era uma parte importante dos planos de industrialização de Stalin. Com um aumento na exportação de alimentos, o governo poderia ajudar a pagar pela construção e operação de novas fábricas. Maior quantidade de alimentos era também necessária para alimentar os operários das fábricas.Porém, Stalin percebeu que os camponeses não estavam dispostos a produzir as safras exigidas pelo primeiro Plano Quinquenal. Com as lojas vazias por causa da falta de bens de consumo, eles não tinham motivação para trabalhar mais e, possivelmente, ganhar mais dinheiro. Mas Stalin estava decidido a impedir que os camponeses prejudicassem seus objetivos, e assim trouxe a agricultura para o controle do Estado.
Um novo plano de Stalin implantou fazendas coletivas - a união de pequenas fazendas em unidades maiores. Essas fazendas deveriam utilizar maquinário moderno e métodos de cultivo eficientes para produzir mais alimentos que anteriormente. Os camponeses soviéticos, porém, consideravam isso como uma volta à servidão, e viam a coletivização forçada do campo como a perda de sua liberdade. Eles não iriam desistir de suas terras facilmente.No inverno de 1929-1930, Stalin utilizou as forças armadas para coletivizar as fazendas dos camponeses. O ditador soviético usava força militar para aterrorizar a sua nação. Seu principal alvo era os kulaks, ou os fazendeiros mais prósperos. Stalin considerava oskulaks como inimigos do socialismo, e declarou ao Partido que eles precisavam ser eliminados. Milhares de kulaks foram mortos ou enviados aos gulags - campos de trabalho forçado. Muitos dos camponeses remanescentes mataram seus animais para não ter que entregá-los aos oficiais do governo de Stalin.
A coletivização resultou em terríveis consequências durante os anos seguintes. A produção nas fazendas caiu drasticamente e a perda de animais causou uma séria escassez de carne, leite, objetos de couro e fertilizantes. Em 1932-1933, uma grave fome atingiu muitas partes da União Soviética. Apesar de seu próprio povo sofrer com a fome, Stalin continuou vendendo alimentos para o exterior. Aproximadamente, dez milhões de pessoas morreram como resultado da coletivização.Em meados da década de 1930, fazendas coletivas, constituídas por centenas de casas, eram controladas pela União Soviética. Uma vez completada a coletivização, Stalin fez uma concessão aos camponeses. Ele os autorizou a manter pequenos pedaços de terra para uso próprio. Os alimentos destas terras poderiam ser vendidos no mercado livre pelo preço que desejassem. Com esse incentivo, os camponeses trabalharam mais arduamente em suas próprias terras, que se tornaram as mais produtivas da União Soviética.
Por volta de 1930, o poder de Stalin estava começando a ser ameaçado dentro e fora do Partido. Muitas pessoas o culpavam pelas milhões de mortes causadas por seu programa de industrialização e coletivização. As críticas vinham até mesmo de sua família. Sua esposa exigia que ele moderasse suas políticas. Ela morreu em 1932 - aparentemente tendo cometido suicídio.Os membros do Partido Comunista declararam sua insatisfação durante o Congresso de 1934. Eles alegaram que Stalin havia ido longe demais. Alguns membros até mesmo sugeriram que ele deixasse o cargo e fosse substituído pelo secretário do partido em Leningrado, Sergei Kirov.Stalin contra-atacou com uma campanha de terror. Em dezembro de 1934, Kirov foi assassinado. Apesar de Stalin ter provavelmente ordenado sua morte, ele alegou que o assassinato de Kirov fazia parte de um golpe contra a liderança soviética. Stalin usou esse acontecimento para justificar um expurgo, ou remoção, de seus inimigos - reais e suspeitos - do Partido e da população soviética.
Entre 1935 e 1939, um período que ficou conhecido como o Grande Expurgo, alguns dos mais importantes líderes comunistas foram levados a julgamento. Eles foram forçados a confessar publicamente crimes que, na realidade, nunca haviam cometido. Após a confissão, eram executados. Com isso, Stalin se livrou dos altos membros do Partido que tinham escolhido Kirov para substituí-lo. Em 1940, assassinos enviados por Stalin mataram Trotski, que estava exilado no México. Os membros do Partido que remanesceram eram burocratas obedientes que não desafiariam Stalin.Stalin utilizou métodos semelhantes para aterrorizar a população soviética. Ele lançou ataques contra cientistas, intelectuais, trabalhadores, fazendeiros e líderes de movimentos nacionalistas. Assim como outros trabalhadores, a polícia secreta tinha quotas para preencher - um certo número de pessoas para prender. Os presos eram submetidos a dias e noites de interrogatório, frequentemente sob tortura. Os interrogatórios duravam até que os prisioneiros, inocentes ou não, assinavam suas "confissões".Sob o governo de Stalin, a União Soviética tornou-se um estado totalitarista - um estado onde o governo controla todos os aspectos - mesmo privados - da vida dos cidadãos. A liberdade de expressão em qualquer local poderia ser punida como crime contra o Estado.
FASCISMO NA ITÁLIA
Nos anos que se seguiram após a Primeira Guerra Mundial, a Europa passou a sofrer de desemprego, inflação e distúrbios sociais. Havia descontentamento popular em relação aos tratados de paz da Primeira Guerra Mundial, e muitas pessoas temiam a expansão do socialismo russo. Os ditadores se aproveitaram dessas condições para tomar o poder em alguns países europeus.Apesar de a Itália ter sido um dos países vitoriosos na Primeira Grande Guerra, parecia-se mais como uma nação derrotada. O país sofreu terríveis perdas - mais de um décimo da população jovem masculina morreu na guerra. Além disso, o acordo de paz em Versalhes - o Tratado de Versalhes - rendeu ao país poucos ganhos territoriais.Após a guerra, havia na Itália falta de alimentos, aumento de preços, desemprego e falências. Descontentes com a falta de ação por parte do governo, os camponeses invadiram terras e os trabalhadores realizaram greves violentas. Ao mesmo tempo, os partidos políticos socialistas e comunistas ganhavam muitos adeptos entre a população . A revolução dos bolcheviques na Rússia fez com que muitos temessem que um fenômeno parecido ocorresse em seu país.
Diante desses problemas, muitos italianos voltaram-se para uma ideologia chamada fascismo. Os fascistas enfatizavam o nacionalismo e colocavam os interesses do estado acima dos interesses individuais. O fascismo afirmava que, para fortalecer a nação, o poder tinha que permanecer nas mãos de um único e forte líder e de um pequeno grupo de leais membros partidários. Os fascistas alegavam que diferenças políticas dividiam e enfraqueciam a nação.
O crescimento do movimento fascista era, em parte, uma reação contra a revolução socialista na Rússia. Os fascistas alegavam que o socialismo incentivava os conflitos entre classes e tornava as pessoas mais leais à sua classe socioeconômica do que ao seu país.O porta-voz do fascismo italiano era Benito Mussolini. Nascido em 1883, Mussolini foi adepto do socialismo durante certo tempo. Porém, retirou-se do movimento quando os socialistas se opuseram à entrada da Itália na Primeira Guerra Mundial. Em 1919, Mussolini e seus seguidores organizaram o Partido Fascista.Mussolini ganhou o apoio de um grande número de italianos. Comerciantes, funcionários públicos e proprietários de terras desejavam um governo forte que acabasse com as greves e reprimisse o poder político da classe operária. O fascismo também ganhou adeptos entre a classe média italiana, que incluía universitários, lojistas e profissionais liberais.
Os soldados e veteranos de guerra também foram atraídos pelo fascismo. Mussolini prometia trazer de volta a glória e o poder militar da antiga Roma. Seu sonho de um novo império italiano apelava aos nacionalistas e oficiais do exército. Os veteranos de guerra, muitos deles desempregados e pobres, sentiam que a Itália não dava valor ao sacrifício feito por eles durante a Primeira Guerra Mundial. Eles admiravam o militarismo do partido fascista, pois os fascistas usavam uniformes de camisa preta, carregavam armas e faziam passeatas nas ruas.No início de 1922, o Partido Fascista contava com mais de 300 mil membros e controlava diversas cidades importantes. Em outubro do mesmo ano, Mussolini tentou tomar o poder. Falando em um grande comício declarou: "Ou eles nos entregam o governo, ou vamos tomá-lo invadindo Roma". Alguns dias depois, milhares de fascistas começaram a marchar em direção à cidade. Quando os principais oficiais do governo, exército e polícia apoiaram os fascistas, o rei Vítor Emanuel III fez de Mussolini o chefe do governo italiano.
Mussolini sempre declarou que a democracia era um sistema fraco e ineficaz. Assim sendo trabalhou para estabelecer uma ditadura na qual o Partido Fascista teria total controle do país. Aboliu todos os outros partidos políticos, formou uma polícia secreta para espionar possíveis inimigos, e prendeu muitos oponentes. O governo também passou a controlar toda a imprensa na Itália. O programa de Mussolini para fortalecer seu país incluía mudanças sociais e econômicas. Mussolini dificultou a emigração da Itália, criou novos impostos para homens solteiros, limitou o número de empregos disponíveis para mulheres e incentivou as famílias italianas a terem mais filhos.
Os fascistas queriam que a Itália se tornasse auto suficiente, e não mais dependesse de qualquer outro país para suprir suas necessidades. Os fazendeiros foram incentivados a utilizar métodos modernos de agricultura. Para limitar o poder dos trabalhadores e controlar a produção, Mussolini reorganizou a economia. Todas as áreas de produção, fazendas, indústrias e meios de transporte foram divididos entre 22 sindicatos nacionais, cada um organizado como uma corporação. As uniões trabalhistas foram banidas, e cada sindicato controlava salários, preços e horas de trabalho em sua área.Mussolini fez grandes esforços para ganhar a lealdade do povo. Nas escolas, as crianças eram ensinadas a admirá-lo como Il Duce, que significa o "Líder" e a aceitar suas idéias sem questionamento. Os professores nas universidades deveriam jurar lealdade ao estado fascista. A propaganda do governo dizia ao povo italiano que o fascismo havia acabado com o crime, a pobreza e com os problemas do proletariado. Mussolini prometeu que seu novo Império Romano iria controlar o mundo Mediterrâneo.Mas Mussolini e os fascistas nunca transformaram a Itália em um estado totalitarista absoluto. Industriais, proprietários de terra, a Igreja Católica e o exército permaneceram exercendo grande influência no país.
NAZISMO E FASCISMO
A derrota alemã na Primeira Guerra Mundial causou grande desgraça ao cáiser (imperador) e deixou a população daquele país em choque. Em novembro de 1918, soldados, marinheiros e trabalhadores, cansados das guerras, tomaram o controle de várias cidades alemãs. Eles, então, declararam a república, e o cáiser Guilherme II abdicou, fugindo para a Holanda. Foi eleita uma assembleia nacional que se reuniu na cidade de Weimar em fevereiro de 1919, tendo sido adotada uma constituição republicana. A nova Alemanha, conhecida como República de Weimar, passou a ser liderada por membros do Partido Social Democrata - políticos moderados que lutavam pelo sucesso da democracia.Contudo, o povo alemão tinha pouca experiência com a democracia parlamentarista. Governados por um cáiser desde a unificação da Alemanha em 1871, os alemães estavam acostumados a formas autocráticas de governo. Alguns acreditavam que a democracia era uma forma fraca de governo e inapropriada para a nação alemã.
Extremistas alemães de esquerda e de direita desprezavam o governo de Weimar. Os esquerdistas eram os comunistas, que queriam estabelecer um governo semelhante ao da Rússia Soviética. Em 1919, levantes comunistas ocorreram em diversas cidades da Alemanha e mesmo não tendo sucesso, alarmaram o povo alemão.Os críticos de direita da República de Weimar eram nacionalistas alemães, líderes militares, grandes proprietários de terra e industriais. Não aprovavam a democracia e consideravam os sociais democratas um pouco melhores que os comunistas. Temiam, ainda, que o governo assumisse o controle da indústria e realizasse a reforma agrária no país.Alguns alemães até espalharam boatos de que a Alemanha nunca havia sido realmente derrotada na guerra. Eles declaravam que os líderes da República de Weimar haviam traído a Alemanha exigindo a paz. (Na realidade, o que aconteceu foi o oposto: os generais do exército alemão foram os que exigiram o armistício). Os nacionalistas e militares alemães queriam romper o Tratado de Versalhes, pois pretendiam reconstruir o exército alemão, o que era proibido pelo Tratado, e fazer da Alemanha novamente uma potência mundial.
Hitler e o Partido Nazista
Um dos mais severos críticos da República de Weimar foi Adolf Hitler. Nascido em 1889 em uma pequena cidade da áustria, Hitler abandonou a escola aos 16 anos e foi para Viena. Sonhava se tornar um artista famoso, mas fracassou por falta de talento. Hitler comemorou o início da Primeira Guerra Mundial e se ofereceu como voluntário para servir no exército alemão, onde foi duas vezes honrado por sua bravura.Durante seus anos em Viena, Hitler adotou ideias racistas e extremistas que eram comuns no século XIX. Após a Primeira Guerra Mundial, ele se uniu a um pequeno grupo nacionalista em Munique. O grupo era chamado de Partido Nacional-Socialista Alemão dos Trabalhadores, mas era conhecido como Partido Nazista. Hitler provou ser um orador e organizador tão eficaz que logo se tornou líder do partido.Com Hitler na liderança do partido, este logo começou a crescer. Passeatas e assembleias em massa empolgavam multidões fascinadas pelos discursos de Hitler em que ele atacava o Tratado de Versalhes e o governo de Weimar. Em 1923, os nazistas tentaram depor o governo do estado alemão da Baviera. A tentativa falhou, e Hitler foi levado à prisão. Enquanto estava na prisão escreveu um livro intitulado Mein Kampf, que significa "Minha Luta", onde expressa seus ideais.
O Mein Kampf apresenta dois temas principais: racismo e nacionalismo. Hitler afirmava que os alemães pertenciam a uma raça superior descendente do povo ariano. Considerava os judeus, eslavos e outros povos como "raças inferiores" que provocavam o enfraquecimento da Alemanha. Hitler culpava os judeus por todos os problemas do país: derrotas na guerra, alto desemprego e expansão do comunismo.Hitler incitava o povo alemão a reconstruir sua força militar, para retomar as terras que haviam perdido com o Tratado de Versalhes, e a criar um grande império alemão na Europa.
Crises Econômicas
Movimentos como o nazismo costumam ter sucesso em tempos difíceis quando o povo está desempregado, com fome, inseguro e desorientado. De 1919 a 1924, a República de Weimar enfrentou uma crise após a outra. A Alemanha chegou próxima a um colapso econômico em 1923, quando a inflação fez a moeda perder totalmente seu valor. Os alemães tinham que carregar sacos enormes de dinheiro apenas para comprar poucos alimentos. Os nazistas conquistaram muitos seguidores nestes anos. Porém, entre 1924 e 1929, as condições econômicas melhoraram e o crescimento do Partido Nazista diminuiu.No outono de 1929, a grande depressão econômica atingiu o mundo. Em quase todos os países o comércio caiu, os bancos entraram em colapso e as fábricas fecharam. Os preços das ações despencaram, os negócios faliram e o desemprego se espalhou. Os alemães foram particularmente afetados. Por volta de 1932, mais de seis milhões de pessoas estavam desempregadas, quase metade da força de trabalhado do país.
O Apelo Nazista
A estratégia política de Hitler era simples e eficiente. Simplesmente repetia o que o povo queria ouvir; arranjou-lhes um inimigo para odiar e uma causa pela qual lutar. Manipulava as emoções do povo com discursos inflamados e usava a violência para impressioná-los com o poder do Partido Nazista. Chamando a si mesmo de Der Fuhrer, o "Líder", prometeu que livraria a Alemanha do caos em que se encontrava.Assim como na Itália, muitos estavam descontentes com um governo democrático, mas fraco, e desejosos de uma liderança forte. O nazismo tinha um apelo particularmente forte para a população mais pobre da classe média pois acreditavam que Hitler iria protegê-los contra os grandes industriais e os comunistas.
Muitos jovens desempregados uniram-se aos "camisas marrons" - o exército particular de Hitler. Eles recebiam comida, abrigo, uniformes, e aprendiam que estavam lutando em prol do fortalecimento de seu país. Grupos de "camisas marrons" atacavam judeus, interrompiam reuniões de políticos rivais e lutavam contra comunistas nas ruas da Alemanha.No final de 1932, os nazistas formavam o mais forte partido político na Alemanha. Ainda estavam longe de ser maioria no Reichstag - o parlamento alemão. Nessa época, Hitler recebeu muita ajuda de um pequeno grupo de poderosos industriais, de proprietários de terra, banqueiros e generais. A maior parte dessas pessoas não compartilhava as mesmas visões extremistas de Hitler, mas estavam impressionadas com seu anticomunismo e suas promessas de reconstruir a Alemanha. Em janeiro de 1933, conseguiram persuadir Paul von Hindenburg, o herói de guerra de 86 anos que havia se tornado presidente da República de Weimar, a nomear Hitler seu chanceler.As eleições para o Reichstag foram marcadas para março de 1933. Pouco antes da data, um incêndio provavelmente provocado pelos nazistas, queimou o edifício do Reichstag. Hitler declarou que o incêndio era o início da tomada comunista. Ele convenceu Hindenburg a assinar leis limitando a liberdade de imprensa e de expressão. O partido Comunista também foi banido da Alemanha .
A Alemanha de Hitler
O recém-eleito Reichstag deu a Hitler poder absoluto. Ele rapidamente tomou medidas para tornar a Alemanha um estado totalitário. Assim nasceu o Terceiro Reich - o sucessor do Sacro Império Romano (Primeiro Reich) e do Império Alemão dos cáisers (Segundo Reich).Novas leis proibiam os sindicatos, estabeleciam tribunais para julgamentos secretos e baniam todos os partidos políticos, exceto o nazista. Hitler também assumiu o controle do exército. Os líderes militares nada fizeram para impedir a tomada nazista. Os generais ainda acreditavam que podiam manter Hitler sob controle.Mas Hitler não recebia ordens de ninguém. Ele matava e torturava seus inimigos. Em 1934, ordenou o expurgo de seus próprios "camisas marrons". Os guardas pessoais de Hitler, liderados por Heinrich Himmler, prenderam e mataram aproximadamente mil oficiais. A Gestapo, ou a polícia secreta nazista, também garantia que as ordens do líder nazista fossem obedecidas.
A violência mais grave do regime nazista foi empregada contra os judeus. O antissemitismo se tornou política oficial do governo. Os judeus perderam sua cidadania e foram proibidos de exercer cargos governamentais, possuir empresas ou trabalhar em suas profissões. As lojas recusavam-se a vender para eles, e os proprietários de imóveis não alugavam suas casas ou apartamentos para judeus. Placas que diziam: "Os judeus são estritamente proibidos nesta cidade" ou "Os judeus entram aqui a seu próprio risco" eram colocadas em todos os lugares. Muitos judeus fugiram da Alemanha, deixando tudo que lhes pertencia para trás.Quando um jovem judeu matou um diplomata alemão nazista em Paris, os nazistas usaram o incidente como pretexto para aumentar o terror contra os judeus. Em 10 de novembro de 1938, gangues nazistas incendiaram sinagogas por toda a Alemanha e saquearam casas e lojas de judeus. Muitos judeus foram mortos ou feridos, e milhares foram presos durante a Kristallnacht, ou a "Noite dos Cristais".
A maioria dos alemães não estava preocupada com o terror do regime nazista. Ao contrário, estavam satisfeitos com a melhoria das condições econômicas resultante das políticas nazistas. Os nazistas tomaram medidas para reconstruir a economia, ajudar os comerciantes e reviver secretamente a indústria alemã de armas (algo proibido pelo Tratado de Versalhes). Nos primeiros cinco anos de governo nazista, o número de desempregados caiu de seis milhões para quase zero, e o padrão de vida dos trabalhadores melhorou. A recém-adquirida prosperidade da Alemanha fez com que Hitler conquistasse a lealdade da maioria dos cidadãos do país.Os nazistas também eram mestres na arte da propaganda enganosa, e como controlavam a imprensa, usavam todas as formas de mídia para expandir suas ideias. Havia forte incentivo para que crianças e jovens se orgulhassem de pertencer a grupos de jovens nazistas. Livros que valorizavam a democracia ou discordavam da guerra, assim como aqueles escritos por autores judeus foram queimados. Como aconteceu na União Soviética, todos os livros didáticos foram reescritos para estar de acordo com os ideais do governo. Os livros científicos passaram a proclamar a superioridade do povo ariano.Por volta de 1938, muitos alemães sentiam-se felizes com o governo nazista. Os negócios iam bem, as pessoas tinham emprego e as forças armadas do país haviam sido reconstruídas.
A Guerra Civil na Espanha
Apesar de a Espanha permanecer neutra na Primeira Guerra Mundial, o país também sofria de instabilidade interna causada pelo conflito. Greves de operários, exigências de democracia e discussões sobre o poder da Igreja resultaram na queda da monarquia espanhola. Em 1931, o rei abdicou e foi declarada a república.
O novo governo republicano, governado por liberais e por socialistas, adotou reformas radicais. Oponentes a essas reformas, como oficiais do exército, proprietários de terra e a Igreja Católica, uniram-se a um partido fascista chamado de Falange Espanhola.Em julho de 1936, os oficiais do exército falangista no Marrocos espanhol se rebelaram. As revoltas rapidamente irromperam pela Espanha, marcando o início da Guerra Civil Espanhola. Por volta de outubro, os soldados rebeldes haviam nomeado seu general,Francisco Franco, como chefe de um estado fascista espanhol. Durante três anos, uma sangrenta e dolorosa guerra civil ocorreu na Espanha entre os falangistas de Franco e os antifascistas. Centenas de milhares de pessoas morreram ou ficaram feridas.
A Guerra Civil espanhola chamou a atenção do mundo. Era bem mais que uma batalha pelo controle da Espanha. Na realidade passou a ser uma disputa entre ideologias rivais. Tanto Hitler quanto Mussolini ajudaram Franco devido ao seu apoio ao fascismo. Stalin também enviou apoio às forças republicanas, pois vários de seus líderes eram comunistas. Embora os governos da Grã-Bretanha, França e Estados Unidos permanecessem fora da guerra, milhares de voluntários desses países foram para a Espanha a fim de ingressar na força republicana conhecida como" Brigadas Internacionais".Os republicanos não conseguiram derrotar as forças fascistas. Em 1939, Madri caiu sob o domínio de Franco. A Espanha passou a ser governada pela ditadura fascista, que durou até a morte de Franco, em 1975.
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